domingo, 8 de março de 2009

A Portuguese man in Lisbon

Eu temo um português de chapéu-de-chuva na mão.

Um português de chapéu-de-chuva na mão sente-se um verdadeiro Charlie Chaplin. Os malabarismos são constantes, as ruas da cidade assemelham-se a estâncias de esqui. As influências de Bruce Lee fazem-se sentir em cada passo do seu percurso – chapéu para a frente, chapéu para trás, movimentos circulares e oblíquos. Um português de chapéu-de-chuva sente-se sozinho e livre na rua. Livre para se movimentar como quer e acha que pode. Um português de chapéu-de-chuva, antes de sair de casa, reserva o seu próprio perímetro. E se alguém contesta ou demonstra a dor que sente no joelho, fruto da cacetada, esse português afirma com orgulho que a rua também é dele porque paga impostos.

Eu digo não a um português de chapéu-de-chuva. E tu?

2 comentários:

Manana disse...

Bolas, então não?! E aqueles que apontam com o chapéu-de-chuva quando o têm na mão? Eu sou contra portugueses de chapéu-de-chuva desde sempre!

Leididi disse...

Abaixo os portugueses de chapéu de chuva!(aleijaram-te?)