segunda-feira, 26 de maio de 2008

O segredo reside em contornar as coisas, é o que é.


Este sábado sentei-me à mesa de uma família magrebina residente numa aldeia portuária em Marselha para provar um cuscuz de fazer água na boca. Há muito tempo que não me sentia tão bem à mesa com uma família, como neste sábado. Pelo meio, Rym, a filha da companheira de Slimane, conseguiu a proeza de me fazer rir durante 5 minutos ao ponto de eu derramar lágrimas e contrair episodicamente o abdómen, o que é raríssimo acontecer, sobretudo quando se fala de um drama de 150 min.

O Segredo de um Cuscuz, de Abdellatif Kechiche, 2007

2 comentários:

Lek disse...

DUAS HORAS E MEIA?!!?!?
Tanto tempo para fazer um refogado? ...passo!
Fico embasbacado com a idolatria de culto que rodeia certos realizadores que desprezam o poder de síntese. E espanta-me acima de tudo o espírito de sacrifício de quem consegue passar tanto tempo sentado numa cadeira retrátil de veludo com pipocas e copos de refrigerante a serem sugados a toda a volta.
PS - Cuscuz é uma banhada perto do tradicional cozido à Portuguesa.

Happinêss disse...

Jesus Christ, Lek...
Na verdade, só dás pelas duas horas e meia por causa dos bancos duros e pouco "retráteis". No King não há pipocas, nem refrigerantes... Cuscuz só comi uma vez, em casa do David, é bom, mas era preciso provar mais vezes. Mas ao veres aquilo tudo a ser feito, dá-te uma vontade estúpida de ir comer!! Ainda por cima era cuscuz de peixe!!!