terça-feira, 27 de maio de 2008

Dreaming of a white Xmas

Querido Pai Natal,


Estou a escrever-te consideravelmente mais cedo este ano, porque quero que o meu nome surja em primeiro lugar nas listas aquando do teu regresso ao activo, lá para Dezembro. A lista é a seguinte:

- 4 vouchers para comprar Gasolina 95s/chumbo na BP, no valor de 60eur cada (já não quero vales da Fnac)
- 12 pacotes de arroz (Saludães carolino e Rissotto)
- 3 embalagens de Corn Flakes (só como no Verão)

Obrigada,
Despeço-me com um sentido abraço
Happinêss

segunda-feira, 26 de maio de 2008

O segredo reside em contornar as coisas, é o que é.


Este sábado sentei-me à mesa de uma família magrebina residente numa aldeia portuária em Marselha para provar um cuscuz de fazer água na boca. Há muito tempo que não me sentia tão bem à mesa com uma família, como neste sábado. Pelo meio, Rym, a filha da companheira de Slimane, conseguiu a proeza de me fazer rir durante 5 minutos ao ponto de eu derramar lágrimas e contrair episodicamente o abdómen, o que é raríssimo acontecer, sobretudo quando se fala de um drama de 150 min.

O Segredo de um Cuscuz, de Abdellatif Kechiche, 2007

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Chuva dissolvente

Eu gosto é destes feriados às portas de Junho em que chove de manhã à noite e eu nem à rua posso ir para comprar pão.

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Music makes the people come together

Meus queridos amigos, obrigada pelo carinho com que se lembraram de mim em mais um 18 de Maio. Esta vossa amiga agradece-vos do fundo do coração. Sobre o que será o meu primeiro post com 27 anos? Música. Ora bem, eu ando parva com o fenómeno do revivalismo. Ao princípio pensei que era brincadeira quando anunciavam bandas como os Pixies ou The Jesus and Mary Chain em Portugal, quase vinte anos depois do último álbum. Dá-me a sensação que estes artistas estavam quietos em Vila Nova de Poiares, mas em terras de Sua Majestade, e lhes toca ao telefone o agente com quem não falavam há 18 anos, sendo que a última vez teria sido por conta daqueles riscos de coca que nunca foram pagos, e assim de repente são informados que têm tournée de Verão marcada. Nós agradecemos, claro está. Foram os Cult, os Cure, os Madness, Police, James, Duran Duran, Bob Dylan, Neil Young, até os Asia, tudo a sair da toca e a satisfazer os desejos dos mais jovens e daqueles que ainda hoje tocam guitarra virtual no 2001. Outro fenómeno interessante é o relançamento de compilações que podem dar pelo nome de Greatest Hits, Best Of ou Ultimate Collection, tudo nomes pomposos que mais não querem dizer do que “estamos vivos, não fazemos música e estamos à rasca de guito”. Um destes exemplos é o meu querido Billy Idol (vénia), nem sei se é vivo ou não (houve rumores de que tinha quinado), mas que pelos vistos vai lançar um Best Of. Através do Blog da Manana, sempre atenta a estes fenómenos revivalistas, tenho sabido do regresso dos Ace of Base (tenhamos fé), dos New Kids on the Block (tenhamos medo) ou dos B52’s (tenhamos pica), todos eles com looks renovados e silhuetas no ponto, prontos para reaquecerem as pistas de dança. Mas, meus amigos, a maior surpresa estava para chegar. Ontem vi na TV o anúncio do lançamento da Ultimate Collection da Cândida Branca Flor, que já não se encontra entre nós. E foi com respeito que equacionei comprá-la. É que, meus caros, se esta senhora traduzisse as suas músicas para Inglês, a Debbie Harry não teria a mínima hipótese.



quarta-feira, 14 de maio de 2008

Big Brother

Valeu a pena viver só para assistir a isto.
Sondagem Sapo, 14/05/08. Claro que tive de votar para conseguir ver o interior da votação.

segunda-feira, 12 de maio de 2008

She's in fashion


Ponho-me a pensar em três coisas que sou boa a fazer e lembro-me que sou boa a regar plantas, a fazer unha francessa nos pés e a fazer o pino. Depois há a Vanessa Fernandes.


quinta-feira, 8 de maio de 2008

Dirty Pretty Things

Nunca mais fui a mesma pessoa desde que vi no telejornal da 1 que um teclado tem mais bactérias do que uma sanita.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Crude you?

Quem é que quer apostar comigo 5Eur em como o barril do petróleo vai atingir recordes históricos amanhã?

Nota: 5Eur foi precisamente aquilo que o meu depósito levou a menos. Para o mês que vem, passe.

terça-feira, 6 de maio de 2008

Crónicas do Desgosto Musical

O meu primeiro desgosto musical deu-se em 1992. Foi há dezasseis anos, o meu pai ainda usava bigode e eu queria fazer uma permanente. Lá em casa víamos todas as segundas-feiras as “Crónicas do Crime”, uma série policial passada em Chicago no início dos anos 60, com Dennis Farina e Anthony Denison, com produção de Michael Mann. O genérico rasgava com música de Del Shannon, Runnaway, um tema que me fazia vibrar. Naquela altura usava-se muito o método de gravar coisas da rádio e da televisão, chegava-se o gravador perto dos aparelhos, não muito para o som não ficar distorcido, carregava-se no REC e depois era ouvir a gravação vezes sem conta. Muito se dava ao REC naquela altura. Naquela segunda-feira, a RTP anunciava o último episódio da série. Estive desde o início do telejornal até às dez da noite a puxar o lustro ao Sony. A cassete mais que bafejada pela sorte, era nova a estrear; naquela altura chegava-se a fazer 20 gravações sobrepostas, era ouvir Still Loving You com reminiscências da Lambada. A hora chegara. REC. “As I walk along,/ I wonder what went wrong,/ With our love, a love that was so strong. And as I still walk on,/ I think of the things we've done/Together, a-while our hearts were young.(…)” . Nem me interessava mais por ver o episódio, queria era certificar-me de que tudo tinha ficado gravado. Mas não tinha. A fita enrolara-se como bacalhau nos dentes. Com uma caneta tentava minimizar os estragos, desenrolando a fita, para trás e para a frente, até a escangalhar por completo. E era nova, raios! Desatei a chorar, fiz uma birra, amaldiçoei a Sony e fui para a cama. No dia seguinte, perante o desgosto, o meu pai ofereceu-me a cassete original. Ontem encontrei-a numa gaveta. Mas com medo que se escangalhasse toda, nem lhe toquei, fui ao Youtube e fui feliz.

domingo, 4 de maio de 2008

Querida mãezinha,

Hoje é o teu dia. Estou a preparar-te um almoço porque não é tão giro como quando vamos almoçar fora. Não te comprei flores, porque já vi que os Jarros do quintal do vizinho estão no ponto. Também não te escrevi um postal porque os da papelaria estavam muito inflacionados e cheios de ursinhos e tu não gostas, não é? Mas mãezinha, estou aqui em casa ao pé de ti, de avental, e olha que já estou quase nos trinta, interpreta-o como uma prova do meu amor, já eu não consigo interpretar as prestações do crédito à habitação que os bancos me propõem. Não queria deixar passar este dia em branco, por isso aqui te dedico uma música sentida.

Um beijinho grande

Tua querida filha

Happinêss




Ps. Mãezinha, achas que dá para não teres a televisão no volume máximo aos sábados e domingos de manhã? Obrigada.

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Barcelonaaaaa

Este fim de semana (é assim que se irá escrever com o novo acordo ortográfico) rumámos até à Catalunha, para curtir essa província xtrordinária (é assim que se irá escrever com o novo acordo ortográfico) que é Barcelona. É que a cidade é mesmo bonita, perfeitinha, mimosa, sedutora, imponente, revestida de modernismo, em parte culpa desse grande mestre que foi Gaudi que concedeu à cidade um toque muito legal (adjectivo que fará parte do novo acordo ortográfico para Portugal se não nos pusermos a pau). Passeámos pelas Ramblas, fizemos o Passeo de Gràcia, comemos e bebemos, vimos a Sagrada Família, percorremos o bairro Gótico, a Barceloneta, ficámos 15 minutos a rir com as palhaçadas de um mimo em frente à Catedral de Barcelona, comprámos pimentos padrón no mercado La Boqueria (assados em casa pela mão do David e acompanhados com pão e canhas e agora era menina para comer daquilo todos os dias), tirámos fotografias à casa Milà, corremos os bares mais fixes, comemos e bebemos, andámos de bicicleta e descansámos no antigo porto de Barcelona a olhar para o Colombo (a estátua, não o shopping). Poderia aqui mostrar-vos belas fotografias da cidade com excelentes planos e boa luz, mas não vou fazê-lo, até porque não as tirei. Mostro-vos no entanto duas situações que fizemos questão de guardar.

Autoclismo dos Lavabos do bar Iposa, onde foram filmadas algumas cenas de A Residência Espanhola.

Legenda: "Socrates. Envio de Dinero"