quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

We will always have… Tokio

Parte I

Em Janeiro de 2004, fui ao cinema ver um filme pelo qual viria a ter uma grande pancada, daquelas bordoadas valentes. Sofia Coppola escrevera e realizara o filme da minha vida – Lost in Translation, que em Português levou o perfeito apêndice de O Amor é Um Lugar Estranho. Numa semana fui ver o filme três vezes, trocando as aulas de latim teórico pelas sessões no Monumental. A lendária história de Rómulo e Remo, esses dois irmãos que mamaram das tetas da loba e se tornaram os fundadores da cidade de Roma, havia sido destronada pela história de Bob e Charlotte, dois estranhos conterrâneos de sexos opostos que fizeram de uma semana enfadonha e solitária a mais surpreendente das suas vidas. No escuro do cinema, a narração de Sofia inebriara-me por motivos que, durante quilómetros de semanas, nem sequer sabia explicar. Hoje acho que terá sido pela forma como foi despretensiosamente contada. Vou deixar-me de tretas, terá claramente sido pela sôfrega, porém contida forma como um homem com passado e uma mulher por entre os passos da construção desordenada de um presente incerto, tão bem comunicaram numa Tóquio cosmopolita linguisticamente impenetrável. A história, todos conhecem. O sake nunca soube tão bem. Os The Jesus and Mary Chain nunca estiveram tão vivos. E a cena do inaudível sussurro final permanecerá uma interrogação pendente, que seguramente, no fundo, pouco pertinente será.

Parte II

Há um ano e meio, após ter sido brindado por mim com o filme e na tentativa de compreender a minha grande pancada de bordão pelo mesmo, o Lek viu-o. Pouco ou nada comentou, mas o que fez foi brilhante, ou não tivesse ele alma de curioso varrido. O resultado é o que se segue. E, apesar de acima ter dito que a decifração não é de todo pertinente, a sugestão não deixa de nos colocar um enorme sorriso. O final é da Sofia, a interpretação e consequente legenda é do Lek.


segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Feist Break

Agora levantávamo-nos da cadeira, começávamos a dançar enquanto nos dirigíamos à máquina de café. Assim, como se não estivéssemos no trabalho.
Ah, e já agora se o café pudesse ser bebido na companhia da senhorita Feist, agradecíamos bastante.


Feist, I Feel It All, The Reminder, 2007

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Tired Girl

Lia na revista do Diário de Notícias que Soraia Chaves se encontra extremamente cansada. Dorme poucas horas, come mal e despende 6 horas por dia em entrevistas. Os recentes trabalhos deixaram-na sem forças sendo que se encontra em repouso na Alemanha e teve inclusivamente de adiar um curso de representação em Madrid.

É natural que Soraia Chaves esteja sem forças, afinal chegou ao panorama artístico português há seis meses. Por favor, não lhe digam que com a nova lei da reforma, aqueles que hoje são jovens terão de trabalhar até aos 68 anos.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Adeus Cowboy...

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Bloody fries

Leicester. Sala de estar. Kate e Gerry McCann comentando o recente desaparecimento de Mari Luz, em Huelva:

“- Como é que se deixa um filho de 5 anos ir comprar batatas fritas sozinho?”

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Tieta está Agreste

Rodrigo Tiuí, o mais recente avançado contratado pelo Sporting, acerca da sua performance como jogador:
“Sou parecido com o Liedson.”
Na época passada marcou 3 golos em 19 jogos pelo Fluminense.
É muito parecido, sim, fala com sotaque brasileiro, logo, é também muito parecido com a Fáfá de Belém. 3 golos em 19 jogos, isso dá o quê? Uma média de passe e meio por jogo, não?
«Não prometo golos, mas vou suar bastante. Não marquei muitos também pela minha forma de jogar. Ajudo bastante na defesa e alguns treinadores gostam disso. Quero ajudar a equipa, que tem um bom plantel.»
“Alguns treinadores gostam disso”? Quais? Vais ajudar bastante é a tua mãe a arrumar a casa e vais ver que é uma tarefa em que se sua bastante tal-qualmente.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Bohemian like you


“Poupa o teu saldo! Faz chamadas a pagar no destino com o SOS pagas. Marca grátis 122 seguido do número de telefone do destinatário.”

Ou como perder amigos e ser renegado pela família em três dias.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Habla comigo


Hoijê e en los próximos dias, lo Diario de Nóticias oferece um ciurso de espanhóile completamiente grátis em Cdiê Rom. No que yo precise, porque hablo e escrivo mui bien, és más para vosotros, si? Bale!

I believe I got high

Acredita?

Com a imaginação não se brinca, excepto pontualmente. A semana passada vi num outdoor da cidade este cartaz publicitário que propositadamente nada revelava. Ora então o que me deu para considerar? Isso mesmo, qual centauro qual quê! Então não se está mesmo a ver que é um varão por detrás de uma patroa (repare-se nos seus cabelos vertidos e nas suas mãos apoiadas no chão) com um arco erguido pronto a encontrar a nuca da presa? Obviamente. Sendo que a continuação da nebulosa pergunta seria “Acredita nos números abismais de violência doméstica?”…

E vocês, o que pensaram?... E não me digam que julgaram tratar-se de um teaser do novo filme do Peter Jackson… É que há limites…

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Dois irmãos e um veleiro...

Vi e gostei.

Aliás, este senhor insiste em fazer pequenas pérolas. Claro que há uns que recordamos vezes sem conta, no café, com amigos, outros que nos fizeram rir mais, outros, ainda, mais complexos. Mas são sempre todos bons, comicamente trágicos, dramaticamente hilariantes.

Este senhor é Woody Allen e o seu mais recente é o Sonho de Cassandra.

Família é família, cognac é cognac.


sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

She would’ve been so lucky

A música que se segue, Ready for the Floor, da autoria dos Hot Chip, banda inglesa de dance-punk/electropop, foi oferecida à senhorita Kylie Minogue que não a aceitou, embora tenha gostado bastante do som.

Foi uma pena. Bastava ela ter posto uns shortezinhos e ter dançado a locomotion de forma mais sexy para a malta aplaudir o seu regresso.


Hot Chip, Ready for the Floor, Made in the Dark, 2008

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Simple Minds

Primeira reacção dos portugueses sobre:

- Aeroporto noutro sítio para além da Portela: Não

- Lei do tabaco: Não

- Novo acordo ortográfico: Não

- Genéricos: Não

- TGV: Não

- Portugal indexado a Espanha: Não

( Saramago: Não)

- OPA’s – Não

- Radares nas estradas: Não

(Velocidade máxima de 35km/h dentro das localidades: Não)

- ASAE: Não

(Fecho da ginjinha do Rossio: Não)

- Nova Terminologia Linguística para o ensino Bás. e Sec.: Não

- Santana Lopes: Não

- McCann inocentes: Não

- Papa Bento XVI tem um ar fofinho: Não

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Letras de Natal

Desde que o António Costa chegou a Lisboa, os cortes na cidade têm sido abruptos, as revelações a um danoninho de bombásticas e as decisões com tomatada... mas... e o Natal??? Se a cena este ano era poupar nas decorações de Natal por falta de carcanhol, porque é que na rotunda de Entrecampos diz Merry Christmas, que tem 14 letras? Não saia mais barato escrever Feliz Natal, que sempre tem menos 4? É que ao que sei, a letra anda cara.

domingo, 6 de janeiro de 2008

Os Heroes de Lost

Último episódio da terceira temporada de Perdidos:

Locke cai alvejado numa vala comum. Um dia depois, Mohinder Suresh aplica-lhe uma injecção com o sangue de Claire Bennet, repondo-lhe a vida.

Desmond fala com Issac Mendez sobre as previsões que tem tido, revelando que a sua última não almeja grande futuro para Charlie.

Mickail, o russo orientado por Ben, pertencente aos Outros, passa a terceira temporada a levar porrada dos Nossos. Zarolho, leva do Locke, do Sayd, explode numa casa e leva do Jin. Desmond acerta-lhe com uma seta bem no meio do peito, o russo sobrevive e, não contente com o seu currículo, activa uma bomba na mão, na estação onde o Charlie acabará por morrer. Syler, egoistamente irado com tamanhas façanhas, viaja até à Ilha para lhe roubar os poderes.

Hurley aprende com Peter Petrelli que a acção é amiga da sobrevivência e, ao volante de uma pão-de-forma azul, salva Jin, Sayd e Bernard.

Juliet e Nikki não conseguem parar de ser duas pessoas diferentes, ora parecem boazinhas, ora o são.

Ben aprende muito com a Companhia – nunca contar a verdade e mentir bastante.

Jack, Kate e Hiro projectam-se no Futuro. Já na América, Jack diz que precisa voltar porque, na verdade, não deveria ter saído da Ilha. Hiro diz-lhe que ainda pode mudar o curso da história, e ele sabe-o, por experiência própria. Kate e Ando mostram-se reticentes.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Amoxicilizada

Já tomei a primeira resolução do ano, apanhar uma valente amigdalite no 4º dia do ano que não se contentando com a sua localização de origem, se espalhou pelo corpo todo em forma de "ficas mas é deitadinha com a amoxicilina e ibuprofeno na mão, de oito em oito horas."

Nota: Faltar ao trabalho por se estar doente é coisa de pobre, ao contrário de faltar para ir... apanhar o avião?

Próximas resoluções
- limpar o histórico do computador
- tirar o chapéu-de-sol do carro e colocá-lo no porta bagagens
- comprar um corta unhas

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Chain Reaction

Adoro quando recebo mails da corrente da amizade, aqueles que se não enviarmos em 5, 10, 20 ou 30 minutos, a nossa vida acaba mergulhada numa profunda e drástica miserabilidade sexual.
Sinto em mim tamanha felicidade quando freneticamente abro o correio electrónico e vislumbro um mail da corrente cujo subject apresenta uma dezena de Fw Fw Fw Fw Fw Fw Fw Fw Fw Fw. Então aí, sabendo que mais pessoas boas e simpáticas como eu foram contempladas com a significante mensagem, encho-me de alegria por saber que não estou só no mundo.
Gosto tanto desses e-mails que me comovo ao abri-los, choro ao lê-los. A minha paixão por eles é tal que, confesso, no fim, depois de os ter lido várias e demoradas vezes, os apago, num acto de egoísmo, para que ninguém com eles se delicie. Um e-mail da corrente da amizade por dia está para mim como um chuto de cavalo para um drogado, como a Camila para o Carlos, como o brinquedo para o ovo kinder.
E já que estou numa onda de confissão, revelo que também eu já construi o meu e-mail da corrente da amizade que está às portas de ser enviado para os verdadeiros amigos. Aqui revelo um pequeno excerto:
"(…)
Os amigos são como os testículos, só fazem sentido aos pares.
Por isso me lembrei hoje de você, cara, e da galera também. Passa esta mensagem para quem você acha que merece, porque senão, sua vida vai se transformar num inferno, você irá ouvir Roberto Leal, 366 dias no ano, o disco gravado com sotaque transmontano. Veja abaixo a tabela e confira sua sorte.
(…)
Se alegre, pode sempre descarregar o Roberto na Internet".